Efeitos da Esterilização no Comportamento

Gato num sofá

Gato num sofá

Normalmente, a esterilização tem um efeito bastante positivo no comportamento dos animais, deixando-os mais calmos. A esterilização contribui para diminuir os comportamentos sexualmente dimorfos (os comportamentos típicos que distinguem o macho da fêmea numa determinada espécie, como a marcação com urina, por exemplo), mas não altera normalmente nenhum outro comportamento. A esterilização não produz nenhuma alteração significativa na personalidade do animal e os cães esterilizados têm o mesmo instinto de guarda e protecção que os não esterilizados.

Do ponto de vista de uma família, a esterilização torna normalmente os animais muito mais adequados para ter em casa, uma vez que os comportamentos associados ao cio (nas fêmeas) e à marcação de território com urina (nos machos) desaparecem ou são minorados. Do ponto de vista dos animais, a esterilização é também bastante benéfica, pois deixa-os mais calmos — para os animais não-esterilizados, pode ser um verdadeiro terror psicológico experimentar os fortes estímulos para procriação sem consumar uma relação sexual.

Alterações no Comportamento de Machos

Cão num sofá

Cão num sofá

Alterações no Comportamento das Fêmeas

A esterilização poupa aos animais reacções instintivas e “stress” relacionados com o desejo sexual, tornado-os mais tranquilos. Os animais esterilizados têm menos tendência a fugir, levando por isso uma vida mais segura, longe dos inúmeros perigos da rua. Diminui assim o risco de contraírem doenças venéreas transmitidas pelo acto sexual ou ainda doenças transmitidas por mordidas de outros animais. E diminui assim também o risco bem real de atropelamento, que todos os dias resulta na morte de centenas de animais.

Referências:

  • James O’Heare, The Effects of Spaying and Neutering on Canine Behavior. 2003. International Institute for Applied Companion Animal Behavior
  • Margaret V., Root Kustritz. Determining the optimal age for gonadectomy of dogs and cats. Journal of the American Veterinary Medical Association. 1 de Dezembro de 2007, Vol. 231, N.º 11, Pág. 1665-1675